quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Desvio --->
Afinal, quem foi Inácio?
O Morro do Pai Inácio, um dos locais mais visitados da Chapada Diamantina, guarda uma lenda famosa na região.
Cada pessoa conta essa história de um jeito: Tem gente que diz que ele era pai de santo, outros que ele era escravo reprodutor. Seu Raimundo, que nos levou para conhecer o orquidário, nos mostrou uma pequena gruta e falou que era ali que Inácio se encontrava com a esposa do coronel (vejam só, deixou de ser filha para ser esposa);
Bel se empolgou e resolveu dar sua versão dos fatos: para ela Inácio mantinha um caso com o próprio coronel e, como desde aquela época, crimes de homofobia já eram comuns, resolveu se esconder no morro pra não ser linchado pelo povo que achava que ele estava “desviando” a liderança política da região. E eu ainda fui mais longe. Pra mim ele era filho de Logunêdê, orixá que durante seis meses é homem e seis meses mulher...
Passou a viver ali pelas imediações do morro, comendo umas frutinhas, assando uns calangos
e curtindo a natureza. Ele ganhava uns extras contando histórias místicas sobre discos voadores, pedras de diamantes e romances da Chapada. Mas com o aumento na movimentação de turistas que iam curtir o pôr-do-sol e fumar um no morro, ele resolveu se mudar pra um lugar mais tranqüilo.
Aproveitou todo o conhecimento sobre a flora da região, adquirido no período em que viveu na mata, montou um orquidário e hoje atende pelo nome de Seu Raimundo.
(Será possível que NINGUÉM tirou uma foto de Seu Raimundo????)
Ele cobra R$ 8,00 para dar aulas sobre orquídeas em sua propriedade, que fica ao pé do Morro do Pai Inácio.
E os pneus queriam ficar na Chapada....
No frigir dos ovos, perdemos 4 pneus e ficamos apenas com 1 bom. Como aconteceu isso?? Vamos lá!!
Delicinha estava alegre e saltitante (bota saltitante nisso) no caminho para Igatu, para vermos as ruínas da cidade. Agora que descobri que foi lá que fizeram o filme Besouro (já vi e achei muito legal).
Bom, a ida e a volta foram terríveis pois a estrada era muito difícil. Bel chegou a ficar com cãimbra no pé. Quando avistamos a placa e a estrada, achamos que era miragem rs
No outro dia, nos preparamos para voltar para casa e após a ida ao Pantanal Marimbus seguimos viagem!
Por volta de 14h, após alguns km rodados, paramos para calibrar os pneus e eis que surge a surpresa!! Um pneu de traz estava tão gasto que os cabos de aço estavam visíveis... O borracheiro viu e falou que não podíamos mais rodar com ele e trocamos pelo estepe...
E lá vamos nós...
Andamos cerca de 20km e.... POW! O estepe furou!!! Paramos na estrada e partimos para a troca do pneu, com direito a uma fala minha: "Vixe, esqueci de imprimir o manual de como troca pneu" =)
Tira tudo do porta mala, pega estepe (que estepe?? era o pneu com o aço saindo mesmo), macaco e triângulo.
E lá vai Bel colocar esse macaco...
Genteeeee!!! Quanta força eu fiz...ainda bem que a palma não estava mais fazendo efeito nessa hora (vcs entenderão depois rs)!
Força! Força! Força! Até que consegui soltar os parafusos... Tava numa alegria danada!! "Sô fórti \o/"
E vários caminhões e carros passaram, buzinaram... e pararam? Pra quê né? Confesso que eles foram xingados rsrsrs
Depois que Bel colocou o outro pneu, seria a vez de Miliane apertar os parafusos, mas eu tava tão empolgada com meu espírito do He-Man ( quem não conhece é pq é muito novinho rsrs) que não deixei ela fazer. O que Mili adorou, por sinal rsrsrs
E toca apertar parafuso, ao som de O Vencedor, do Los Hermanos. Com direito a cantar no microfone (leia-se: macaco) e tudo =)
E partimos até a borracharia!
A câmara de ar do estepe estava destruída e ficamos na agonia de encontrar um pneu meia-boca para virar estepe, mas domingo, já viu né?
Depois disso reduzimos um pouco o ritmo por segurança....e após horas de viagem, já no escuro da noite, na estrada entre Ubaitaba e Itajuípe... POOOOOOW!!!!!
AGORA LASCOU!!!!!
Bel encostou o carro e ficamos paradas depois de uma reta, quase perto de uma curva!!! O desespero bateu...Abri a porta e vi que o pneu direito de trás tinha ido embora, mas não deu pra ver se o da frente tb tinha morrido! De qualquer forma, não iríamos trocar pneu mesmo naquela situação!
Desesperadas, tentamos achar sinal de celular e NADA! Até que surgiu da TIM e liguei pra Vini pra ele procurar um guincho em Itabuna pra nos socorrer!
O meu celular já tinha descarregado, o de Bel estava indo e só restou o de Mili...E com o sinal intermitente, ficávamos mais nervosas!
Um breeeeeu e só a luz do pisca alerta ligada.
Vini e Mascarenhas estavam avisados já...
Bel falou: Querem que eu desligue o pisca pra gente ver como tá escuro?
Eu e Mili: NÃÃÃÃOOO!!!
Passou um cara, bêbado, perguntando se tava tudo bem (oi??) e aí despachamos ele tranquilamente e eu falei pra Bel não abrir mais a janela de JEITO NENHUM!!!
Depois de ligarmos pro guincho, falarmos do nosso desespero, uns 50 minutos depois ele chega!
Ahhh...seria bom se tivéssemos uma lanterna...maaas (merece post específico)
E Mili com medo de subir no guincho dentro do carro?? Queria não rs Ia lá sozinha com o moço na frente, mas a gente não deixou rs
E lá vamos nós, flutuando pela estrada, agora mais tranquilas por termos saído daquela situação...
Aí descobrimos que os dois pneus + jantes tinham ido embora e assim ficava impraticável comprar dois pneus para seguirmos viagem.
Vini negociou com o dono do guincho que cobraria R$150,00 até itabuna e R$300,00 até Ilhéus! Ficou em R$250,00 e pra completar todas as dádivas divinas, precisava abastecer o guincho. Resultado: pagamos R$215,00 no cartão e o restante em dinheiro! \o/
E enfim, graças a Deus, chegamos todas em casa... com direito a pular do guincho pra pegar as tranqueiras e tudo mais.
Lições para a próxima viagem:
- Cada uma incluir um estepe na bagagem, por garantia =)
- Ter macaco hidráulico.
- Encontrar uma lanterna que não tenha pernas.
- Ter um telefone via satélite rs
E me despedindo de Bel, ela pergunta:
"E aí? Valeu a viagem??"
Sem sombra de dúvidas =)
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Em casa
Só digo que chegamos às 23:50h, em cima de um guincho. Experiência dispensável, mas como diz Flávia, “sem emoção não tem graça!”
O dia hoje foi de correr atrás do prejuízo, nos trabalhos que ficaram pendentes por conta dos dias de folga, então apesar da conexão decente, não teve upload de fotos. Amanhã, quem sabe? Vou cuidar da história dos pneus, porque hoje já fui ao centro da cidade a pé e amanhã tenho dentista.
Mais lembretes para futuros posts:
Agora, Boa noite e Boa Sorte!
sábado, 27 de agosto de 2011
De Saída
As meninas já estão dormindo, e eu, pra variar, fiquei baixando as fotos de todas as máquinas pro notebook e tentando fazer upload no Flickr. [Tem fotos da Pratinha na Galeria.]
Amanhã sairemos cedo para um último passeio ao Pantanal nãoseidasquantas, contratado aqui com o Sr. Helder, da pousada. De lá, já pegamos caminho de casa. Flavinha vai cedo pra Salvador e vai perder essa parte. :(
O dia hoje foi mais light, o cansaço não nos deixou subir/descer pedras a pé. Em compensação, foi Delicinha quem sofreu na estrada para Igatu. Só pra vocês terem idéia do "dia light", vejam as anotações para futuros posts:
- Projeto Sempre Viva
- Flores em Mucugê
- Cemitério Bizantino
- Propaganda do Governo do Estado e a visita de Hugo
- Almoço/Jantar na Kabana de Pedra e a crise de riso
- A tese sobre a Palma
- As contas financeiras fechadas ao final da viagem
- Balanço da bagagem e da comida trazida
Agora, boa noite, os olhos já estão fechando. Marido, me aguarde, amanhã tô em casa!!!
Morro do Pai Inácio
As experiências na Chapada Diamantina estão sendo indescritíveis. Bem, são indescritíveis porque emoção não se descreve. Mas estamos tentando descrevê-las com fotos e palavras aqui, mas como temos pouquíssimo tempo no albergue e um notebook só para descarregar as fotos, fazer upload e postar... O bom mesmo vai ficar pra ser contado na volta.
Ontem subimos o Morro do Pai Inácio no finalzinho da tarde, sem guia e com medo de escurecer, mas com vontade de ver o por-do-sol lá de cima. Conseguimos fazer fotos deliciosas, e chegar embaixo inteiras e ainda com um pouco de luz.
Só digo uma coisa: Está sendo DEMAIS!!! Muito mais do que esperávamos! Grutas, Lapa, Morros, e nada de frio ou chuva, nada de acidentes, nada de ruim. Deus é maravilhoso e tem cuidado de nós a cada passo.

- Lapa Doce
- Pratinha
- Orquidário
- Poço do Diabo
- Salão de areia – Primaverinha
- Gastronomia da Chapada
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Testando post pelo celular
Foi assim que chegámos ao pé do Morro Pai Inácio, ontem à tarde. E não teria maneira melhor de dizer que foi deliciosa a experiência!
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
1º dia da jornada
Depois de tomarmos o rumo certo chegamos ao nosso destino.
Lapa Doce, lugar que fomos sem saber ao certo o que era e que foi uma surpresa, de início amedrontadora que nos deixou (eu e Bel) de pernas bambas, mas que será uma das coisas que nunca esquecerei na vida. Para chegar na gruta andamos a pé por uma estrada de chão e depois por uma descida de pedras, uma canseira que só. A gruta tem 850m é uma caminhada de 360ºC que pareciam ser 8500m. Tirávamos as fotos sem ao certo saber como ficaríamos e muito menos de onde estávamos tirando, era uma escuridão total que era só iluminada pelas nossas lanternas. Depois desta caminhada de quase 9KM, ops, 850m enfim a luz no fim do túnel, mas ainda nos reserva uma linda subida íngreme. No final valeu muito a pena o passeio.
A Pratinha fica para o mesmo lado da Lapa Doce, no percurso algumas crianças gritaram o caminho pra gente, pois quuuuase passamos da entrada certa. Na gruta da Pratinha só é permitida a flutuação, lá encontramos uns infelizes patos que teimavam em ficar perto da gente (...pausa... eu e Mirian em pânico neste momento), depois do outro lado caímos na água mais do que transparente. Precisávamos ir pra Gruta Azul entre 14 e 15h pois é o horário que entra a luz do sol que cria o efeito azul na água...muito muito lindo. Confesso que esperava mais do lugar, mas mesmo assim nossas máquinas não conseguiram captar o que nossos olhos viram. Fascinante!
Bom, este foi um pequeno resumo do nosso dia (cada lugar merece, e terá, um post só dele), amanhã nossa guia amadora, Flávia, chegará para partimos rumo a Lençóis e continuar nossa mochilagem fotográfica aventureira.
10 + 10
10 horas na estrada. Dirigindo sozinha, e parando somente pra fazer xixi, abastecer, e, é claro, tirar fotos. Os outros “10” do título foram 10 horas de sono, das 20h de ontem até às 6h de hoje! Sei lá quando foi que dormi tanto assim, mas o fato é que esse foi o motivo de não ter postado nem feito upload das fotos ontem.
A viagem foi ótima, como Flávia já havia adiantado nos posts anteriores. Em Jequié ficamos em dúvida (não perdidas, que fique bem claro) sobre qual rota tomar. Lembram que haviam duas possibilidades? (a terceira, indo “tudo por fora” já havíamos excluído). Resolvemos ir direto pela BR 116, que está privatizada, concessão à ViaBahia, (pedágio R$ 2,80 para automóveis) e está um tapetinho! De lá, pegamos a BR 242 até à entrada de Palmeiras. Estrada boa também, mas com um monte de buracos quadrados (acho que estão preparando para consertá-los) e precisa-se ter cuidado, porque na reeeeeeta, dá vontade de apertar o pé, mas aí aparece um buracão do tamanho do mundo. Não caímos em nenhum, e eu fiz questão de fazer Miliane repetir que eu sou uma excelente motorista.
Muitos caminhões na estrada, te ve vezes de eu ultrapassar 8 de uma vez, mas todo mundo andando bem, poucos retardados retardatários retardantes, que prendiam a gente, especialmente nas subidas (muitas, muitas).
Viemos comendo o tempo inteiro (como Flávia já falou também), então, nem paramos pra almoçar. Só que lá pelas 16h, já instaladas (post sobre o albergue depois), tomadas banho e de câmeras na mão pra dar um rolé pela cidade, as barrigas entenderam que queriam COMIDA!!! aí, não deu outra, fomos procurar “almoço/jantar”. Picanha na chapa… meio dura, mas tava deliciosa:
Cara de fome…
Vício
A picanha que eu acho que não era picanha, mas tava uma delícia!
Bom, tá na hora do café, e vamos rumo à Pratinha, com direito a banho de rio (tomara que esquente, porque tá um ventinho frrriiiiio…) e agora vocês dão uma olhadinha na página da Galeria pra ver as fotos da estrada. Miliane pode escrever a versão dela da viagem, mas Mirian já adiantou: “Foi muito tranquila, quase um tele-transporte: Saí. Cheguei. Nem pensei que era tão perto. A Chapada é logo ali!!!”
PS – celular só TIM!!! E viva a quadriband…
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
A net funciona bem lá. O problema é arranjar um adaptador para a tomada do notebook. Por isso estou aqui configurarndo o blog pra ver se elas conseguem postar pelo celular.
Em breve notícias fresquinhas direto da Chapada diamantina, com nossas correspondentes intermunicipais.
Cabeças de vento com os pés na estrada
Eu ein? O que Maracás tem a ver com essa mochilagem?
O pior foi que elas colocaram o celular no viva voz e eu fiquei de cá escutando a convesa delas, perdidinhas da silva, e gritando "o que vocês querem em Maracás?!", mas elas nem tchum pra mim.
Pra sorte delas eu cheguei no trabalho, verifiquei o mapa na net e indiquei o caminho certo (tá vendo por que soi guia?). Também já descolei um GPS de verdade, além do mapa impresso e comigo ninguém se perde (espero).
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Tava faltando na malinha…
Um livro, claro! Não consigo me imaginar sem ter um livro à disposição para ler, seja um pouquinho antes de dormir, ou na hora em que bater a preguicinha depois do almoço, mesmo que nem leia, tenho que saber que o livro está lá. E fiquei imaginando qual livro levar, tem uma listinha boa na fila, desde a época do mestrado, quando eu só lia os livros “necessários”.
Aí lembrei: O MANUAL DA CÂMERA"!!! Pronto, este é o livro que vai. Em duas versões: espanhol de papel e português em pdf. C’est fini.
Presentinho: Clique na imagem para baixar o pdf.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Eu sei…
…que combinamos não expor a data, mas todo mundo falando de mala arrumada… é claro que está “em cima”, né??? Então, vou comentar uma coisa interessante. E é interessante porque pode gerar boas fotos.
Seguinte: Vamos estar na Chapada bem na época do Festival de Lençóis.
Pausa
A primeira vez que ouvi falar em “Festival de Lençóis”, pensei que era um evento na cama, com lençóis diferentes: de seda, de algodão, de linho, estampados, lisos, listrados…
Despausa
Mas então, foi esse o motivo que nos empurrou para Palmeiras: os preços em Lençóis estavam proibitivos! E como o bendito festival acontece à noite, nós estando a 51Km de lá, nem procurei saber nada a respeito. Mas eis que no jornal A Tarde de ontem, encontro este anúncio:
Vendo os artistas principais, só me interessei por Flávio Venturini, mas depois da Pratinha e Morro do Pai Inácio… quem vai aguentar enfrentar frio e multidão? Eu NÃO!!! Massss… vejam as atrações do Palco Alternativo. BABEI. Acho que devem sair fotos de arrasar. E aí? Bora??? (huaaaahaaaahaaaaauahhhh – risada maléfica)