segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Rio Mucugêzinho e Poço do Diabo

Depois da chegada de Flávia, ficamos seguindo suas orientações em relação aos passeios...e ela sugeriu conhecermos o Rio Mucugêzinho e o Poço do Diabo...
Teve gente que quando viu o rio mucugêzinho, já se deu por satisfeita (nem vou contar que foi Bel rs), mas aí Flávia prometeu uma caminhada tranquila e sem pressa e lá fomos nós...

A caminhada foi cheia de altos e baixos, literalmente, e não víamos a hora de conhecer o famoso Poço do Diabo...Após cerca de meia hora (chutei!) de caminhada, eis que ele surge:


E depois de chegarmos ali tão pertinho, ainda não queriam descer...Vejam bem!!!!


Lá tinha tirolesa e rapel...Não lembro exatamente os preços, mas acredito que era 20 e 30 reais, respectivamente.
Só desceríamos pela tirolesa se o cara puxasse a gente de volta depois, coisa que nem propusemos para ele =)
Então nos restava descer mais um pouquinho para contemplar aquele lugar tão bonito!





Sinceramente, depois de tanta caminhada sob o sol escaldante, não deixaria de tomar banho ali por nada...Só eu e Bel fomos as corajosas...Flávia tava gripada e não podia ir e Mili não teve coragem...

Por que coragem??

Porque a água parecia que estava congelando...a sensação ao entrarmos era de que haviam agulhas furando a gente, de tão frio que estava. Tanto que até colocamos algumas garrafinhas de água pra dar uma gelada rs.

Depois de passado o choque (se é que passou), resolvi ir até a cachoeira, mas pela beirada. Morro de medo de água preta, porque fico imaginando várias coisas nela...até tubarão (eh...eu imagino realmente coisas impossíveis, às vezes rs).

Infelizmente houve um acontecimento trágico nesse dia... =(

Uma de nossas garrafinhas, sedenta por refrescar-se, atirou-se no rio...Tentamos resgatá-la, mas todas já estavam vestidas e não tinham mais como cair na água...Vimos a garrafinha descendo rio abaixo, curtindo a maior aventura rs
Esperamos que ela tenha diminuido a sede de alguém em seu destino final. (RIP)

No final, resta-nos a imagem daquele lugar lindo e seguimos nossa jornada em busca de mais aventuras =)

sábado, 15 de outubro de 2011

Agora DESTA VEZ vai!

Era isso que anunciavam as milhares de faixas espalhadas pela cidade de Mucugê Andaraí naquele fim de semana.









Acho que as faixas foram feitas há muito tempo dizendo “agora vai”, mas como não foi, reciclaram, e colocaram um “DESTA VEZ” atravessado no meio. Elas anunciavam que “agora DESTA VEZ vai” ter a reforma do hospital, “agora DESSA VEZ vai” rolar a inauguração do mercadinho, que finalmente “Hugo” cumpriria todas as promessas de campanha.

Se desta vez ele cumpriu mesmo, do jeitinho que prometeu, eu não sei. Só sei que, se antes quando eu saía pra trabalhar, às 5 horas da manhã, já morria de medo de ladrão, “agora DESTA VEZ vai” dar merda pra mim com esse horário de verão na Bahia. Mas o foco aqui não é “Hugo”, nem o horário de verão, mas sim o que observamos nessa mochilagem.

Bom, em particular sobre nossa visita a Mucugê Andaraí, com certeza conhecemos a cidade em um fim de semana atípico. Toda aquela movimentação em torno da visita de “Hugo” fez com que a cidade se enfeitasse de maneira especial, músicas nos bares e bandas tocando pelas ruas, moças arrumadas, digamos, de maneira especial, botas cano longo sob o sol da Chapada e saltos finos nas ruas de pedra, os homens alinhados, com suas camisas de botão e ternos... Claro que tinha a galera da cachaça e do pagode que não saía de perto da casa do prefeito, pra ver se rolava um agrado para a plebe.

Falando em casa do prefeito, deduzimos que “aquela casa branca” era a casa dele e que “Hugo”, digo, o governador estava lá, por conta do forte esquema de segurança montado na porta. Mas Anabel, cara de pau, resolveu jogar o verde, pendurou a câmera no pescoço e tentou entrar na casa para fotografar a badalação na recepção particular. Eu disse a ela: “olhe séria, faça cara de que está retada porque está trabalhando no fim de semana com comitiva do governador, que ninguém te bole”, mas ela titubeou, foi querer explicar demais, começou a rir e aí já viu, né? Barrada no baile ô ô!

De lá saímos para almoçar/jantar na Kabana de Pedra e quando voltamos o governador já tinha ido embora, o povo já havia se recolhido para seus lares e até as faixas com propagandas do Governo do Estado dizendo que “agora DESSA VEZ vai” haviam sido retiradas. Eles devem reciclar para quando DESSA VEZ forem para outro município, né?



Com toda aquela calmaria e silêncio repentinos, se não fosse pelo lixo espalhado pelas ruas da cidade, eu seria capaz de acreditar que tudo não passou de um sonho. Será que foi?


*****


Eita ferro!!! A lôra bebeu alguma coisa mesmo, ou não olhou as fotos... porque isso não aconteceu em Mucugê, foi em Andaraí.


Vou complementar com algumas fotos, e depois escrevo mais sobre outras cosinhas que aconteceram nesse dia...


Bel

domingo, 2 de outubro de 2011

Paraguaçu ou Paraguassu?


Rio visto de Igatu


Antes de começar a escrever os posts futuros, quero registrar aqui a minha alegria ao encontrar na Chapada Diamantina um dos rios que alimenta a minha Baía de Todos os Santos.


Foi na estrada para Igatu, onde não faltaram placas de sinalização ou casas comerciais que faziam referência ao maior rio baiano, que me dei conta de que é ali que nasce o gigante.

Este rio, que na infância, lá no Morro do Ouro, próximo ao município de Barra da Estiva, brinca de transformar carbono em diamante, acolhe o rio Santo Antônio e cresce ao chegar em Andaraí, levando fertilidade e alimentando os povos ribeirinhos dos municípios do oeste e leste do Estado com seus tucunarés, suas traíras, piaus, camarões, robalos, tainhas. É ele quem abastece as cidades do Recôncavo, Feira de Santana e a Grande Salvador com suas doces águas até desembocar na Baía de Todos os Santos, entre Maragojipe e Saubara.

Não foi ao acaso que ele foi batizado com um nome de origem indígena, que significa "água grande, mar grande, grande rio". O Paraguaçu, onde farei minha próxima mochilagem fotográfica, ou melhor, navegagem fotográfica, é lindo desde pequeno.
Maragojipe, onde o rio desemboca