terça-feira, 23 de agosto de 2016

O ovo de dinossauro

A imensidão da Chapada Diamantina, as grandes rochas, grutas e toda aquela natureza exuberante parece nos transportar a uma era passada.  Já falei anteriormente da sensação de que um animal pré-histórico poderia sair do Poço Azul a qualquer momento. E o que dizer quando, no meio de uma trilha, se avista um ovo de dinossauro?



De longe a imagem é intrigante. Que tipo de dinossauro colocaria um ovo ali naquela rocha?


Este ovo de dinossauro está na trilha do Poço da Donana. Bem próximo de onde passamos um dia super agradável. Durante todo aquele dia, nem sinal da mamãe dinossauro. Só dos irmãozinhos.


segunda-feira, 22 de agosto de 2016

O Poço Azul

Nosso terceiro dia em Andaraí amanheceu nublado. Dispensamos o protetor solar (grande erro) e pegamos o caminho saindo de Andaraí de volta pra BR 242, rumo ao Poço Azul.


São 46 km saindo de Andaraí e entrando para o município de Nova Redenção. Esta região é mais desmatada. Tem muitos pastos pra criação de gado. Também se mostra bem mais seca.


No caminho há uma placa indicando "Poço Azul a 8 km". A estrada é de cascalho, mas em bom estado (na medida do possível). Lá mais adiante, outra placa indica a direção do poço. Basta estacionar, pagar a taxa de acesso, que custa R$ 30 por pessoa, e aguardar ser chamado pelo guia. Enquanto aguarda, você pode esperar na lanchonete, que tem wifi liberado (na região só pega celular da Claro, então acessar a net é bom pra dar sinal de vida) e experimentar pastel de palma. Pra minha infelicidade, neste dia não tinha.

Somente é permitida a visitação de, no máximo, 15 pessoas por vez, que podem ficar até 15 minutos tomando banho no poço. Como haviam outros grupos na nossa frente, resolvemos dar um tempo na praia da Peruca (escrevo sobre ela depois).

O acesso à gruta é permitido por uma escadinha. Essa é outra trilha de acesso facílimo (não deve nem ser chamada de trilha). Até quem tem claustrofobia, como meu companheiro de viagem, Júlio, consegue entrar na gruta numa boa. Quando descemos a escada e avistamos o Poço Azul, a impressão que tivemos, foi de que tudo era um grande buraco, de tão transparente que é a água.




Quando entrei na água, fiquei observando aquele abismo imenso ao fundo. Logo no início são 4 metros, na lateral esquerda, 8 metros e, na lateral direita, na parte mais interna, chega a 20 metros de fundo. É muito fundo, muito transparente, dá pra ver tudo!

Confesso que tive a sensação de que, em qualquer momento, um animal pré-histórico sairia da escuridão do fundo do poço e viria nadar conosco. O guia nos explicou que lá somente são encontrados pequenos camarões, que vivem nas rochas, e o peixe bagri cego, que vive na parte mais funda e escura do poço.


Para entrar no poço, é preciso tomar um banho de chuveiro antes e tirar qualquer resíduo de cosméticos do corpo. Os guias cedem coletes salva-vidas e óculos de mergulho para flutuação e orientam para que não agitemos muito a água, para não desgastar a rocha mais rapidamente. O melhor período para ver o raio de sol entrando no fundo do poço é entre os meses e fevereiro e setembro, no horário que vai mais ou menos, das 10h às 15h.

sábado, 20 de agosto de 2016

O Poço da Donana

O município de Andaraí tem no seu entorno diversos picos legais para curtir, como o Poço Azul e o Pantanal Marimbus. Na saída da cidade, sentido Mucugê, tem o Poço da Donana. Lugar lindo, silencioso, ótimo pra tomar banho e de fácil acesso. Não houve cobrança de taxa e chegamos lá sem guia.

Quem quiser visitar este poço, basta estacionar o veículo à direita (sentido Mucugê) antes da ponte grande que passa sobre o Rio Paraguassu (aqui se escreve assim e nós já escrevemos sobre isso também no blog). Tem espaço apropriado para estacionamento na Toca do Morcego (local que vende artesanatos e lanches). Depois é só seguir a pé pelo acesso à direita, margeando o rio.

Logo se chega em um mirante de onde se avista parte do poço, a cachoeira e a grande ponte. Os preguiçosos de nível altíssimo se sentirão satisfeitos com a vista. Mas nada como um banho na cachoeira para sentir que todo o esforço vale a pena sempre.


Seguindo pela lateral do rio, setas pintadas em verde nas pedras e na construção da barreira indicam o caminho. Quem tem dificuldade para andar, pular, etc, sugiro tomar banho no local onde está a barragem. Mas para quem aguenta o peso do corpo, o melhor é seguir adiante. Haverá um muro que terá que descer dando um pulinho (e na volta subir, é claro, impulsionando o corpo). Após alguns metros, caminhando entre as rochas e se chega a parte mais larga  do poço. Uma delícia de lugar!




Fiquei horas observando a paisagem, os passarinhos caçando borboletas e tentando fotografá-los. Foi preciso criar coragem pra dar um mergulho naquela água gelada, mas o banho é revigorante.

Como o Poço da Donana é margeado por imensas rochas, não há sombra na beira. Para aguentar o calor, o jeito é beber bastante água, tonar banho e se abrigar entre os arbustos que estão mais afastados

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Sem roteiro, reservas e sem olhar a situação na conta bancária

Após um longo período sem visitar a Chapada Diamantina, resolvemos (eu e Júlio), repentinamente, matar a saudade desse que é um dos lugares mais incríveis dessa Bahia.



Saímos de Salvador por volta das 11h30. Tempo bom, BR 334 boa e vazia. Na Estrada do Feijão, a vegetação começa a mudar. Aos poucos, mandacarus começam a enfeitar a paisagem, a terra fica avermelhada, o nariz arde, a boca seca e, ao longe, avistamos a serra.



Chegando em Ipirá, a estrada está um pouco gasta e com alguns buracos "surpresa", mas nada que possa danificar o veículo do motorista atento. Pelo caminho, os postos vendem gasolina no valor de R$ 3,54 a R$ 3,79.

Após uma rápida parada e Ipirá para esticar as canelas e comer um pastel, pegamos o acesso a Itaberaba. No caminho, borboletas, rios e açudes bem abastecidos. Sinal de que a estiagem deu uma trégua.. É claro que também avistamos alguns rios mortos, mas confesso que em menor quantidade do que das outras vezes em que estive na região.

Uma obra de recuperação asfáltica na BR 242 está deixando o tráfego em meia pista e desacelera quem passa por lá. Nesse pedaço é preciso paciência com tantos "pare e siga".

Chegamos em Andaraí às 17h20. Agora é procurar hospedagem, relaxar  curtir a natureza.