quinta-feira, 8 de setembro de 2011

3 segundos de fama

Enquanto estávamos na Pratinha, vimos uma equipe da TV Record gravando lá.

Mochilagem Fotográfica - Dia 2 - Pratinha - Bel 115

O silêncio do lugar era tal, que, mesmo distantes, conseguíamos ouvir claramente o que a repórter [Mirella Cunha] falava , gravando a “passagem”  repetida 1488 vezes: “Este rio de águas cristalinas é considerado um dos menores do Brasil. Só pra você ter uma idéia, são 800 metros de extensão”.

Mochilagem Fotográfica - Dia 2 - Pratinha - Bel 122

E não é que Miliane assistiu quando passou no “Hoje em Dia Bahia”??? E ainda achou o vídeo da matéria na net. Assistam e confiram nossos 3 segundos de fama, enquanto estávamos tomando banho no Rio Pratinha:

Vejam em 0:25 a 0:28 quem está na água!

Fama é pra quem pode, não pra quem quer… hahahahaha

domingo, 4 de setembro de 2011

Balanço pessoal

Eu posso assinar embaixo de cada palavra que Flávia disse no post do Orquidário, sobre “todos podem ir à Chapada”.

Sou "velha", sedentária, mole e ainda tenho Condromalácia Patelar Grau II nos dois joelhos. E fui, curti, enfrentei meus limites, às vezes querendo, outras vezes indo sem saber, e até mesmo puxada/empurrada, como foi no dia do Poço do Diabo. Mas não me arrependo de nada, quero dizer, acho que me arrependo de ter enfiado Delicinha na estrada horrível de Igatu – não recomendo pra ninguém ir de carro, só de helicóptero. Talvez se não tivéssemos ido a Igatu não teriam acontecido as agonias com os pneus: não teríamos perdido tanto tempo na troca dos dois primeiros, e consequentemente chegaríamos mais cedo, não pegando neblina na estrada e nem cairíamos no buracão que detonou os outros dois. Mas… não dá pra voltar no tempo, então, só deixo o registro: Igatu é dispensável, na minha humilde opinião.

Mochilagem Fotográfica - Dia 4 - Igatu - Bel 055

No mais, tudo o que escolhemos fazer, todos os lugares em que estivemos foram maravilhosos. No primeiro dia de passeios detonamos os músculos da coxa descendo a Lapa Doce e depois subindo o Pai Inácio. No outro dia começamos lightmente pelo Orquidário, mas aí Flávia inventou de ir em “Mucugezinho” que eu nem sabia que era só o “Rio Mucugezinho” (achava que era um povoado)… e depois fomos indo, indo, indo… até chegar ao Poço do Diabo, onde eu e Mirian nos jogamos na água deliciosamente gelada – assunto pra outro post, e quanto mais a gente descia mais eu pensava em como seria na volta. Pedi, mesmo implorei pra parar, pra voltar, pra ficar e esperar elas irem e voltarem… mas não me deixaram. Éramos mesmo as 4 mosqueteiras mochileiras como disse Marido, e ninguém abandonou ninguém em momento algum. Todas as coisas boas e as menos boas foram partilhadas igualmente.

 

Mochilagem Fotográfica - Dia 3 - Lençóis - Bel 044

Na saída do Albergue, em Palmeiras – Dia 3

Este post pode parecer o último, mas nem é. É só que hoje bateu uma saudade danada das meninas, e, uma semana depois, resolvi fazer meu “balanço pessoal” da viagem. Fá é amiga de muitos anos, Mirian amiga recente, e Miliane eu praticamente só conhecia virtualmente, mas ainda assim dormimos juntas, sorrimos e sofremos, choramos (só de rir), dividimos a mesma garrafinha de água e hidrotônico, o macarrão com azeite e atum que fiz no albergue (e elas comeram tudinho, dizendo que estava delicioso, mas acho que era a fome…)

Photo-0411

Não emagreci, como achei que aconteceria nesses dias de caminhada, acho que a boca trabalhou tanto quanto as pernas, mas pelo menos não engordei. Estou no lucro!

Financeiramente não sei dizer quanto gastamos, ou quanto eu gastei especificamente. Existe uma planilha [até com uma página “Quem deve a quem” que nossa gerente financeira com experiência fez e eu só vi na hora dos acertos finais], mas eu, como boa comunicóloga e DDA,  mal consegui registrar os gastos que fiz, e nem consigo entender o que lá está registrado. Mas, quer saber? Se fosse pra gastar o dobro (e eu tivesse), fazia tudo de novo. [Excluindo Igatu, of course!]

E o balanço deste blog??? Positivíssimo, sem dúvida! Jogando a modéstia no lixo, que lá é que é o lugar dela, nós quatro temos dado conta do recado direitinho. As quatro escrevem bem, sem grandes pecados contra a língua-mãe, com humor, coerência e bom senso. E é gostoso demais ver que outras pessoas passam por aqui, comentam, fazem referência “na vida real”, curtem no Facebook, participam conosco dessa aventura toda!

Mas o melhor “balanço” é mesmo o das fotos. Errr… qualitativamente, porque quantitativamente eu tô com preguiça de ir olhar quantas tem. Mas tem um montão, que eu sei. Maidenãoseiquantos gigas de fotos lindas! Ainda bem que minha conta do Flickr é PRO, então não temos limite para hospedar as fotos e a Galeria está ficando pronta, demora um pouco porque de todo jeito as fotos precisam ser minimamente selecionadas, e como estão todas no meu notebook, sou eu que estou fazendo isso. Mas já fechamos o segundo dia, e Mirian colocou algumas do orquidário (Dia 3). Já já chegam os outros três dias.

Bom, meu surto de emoção chegou e já está indo embora, à medida em que o sono está chegando. Boa noite procês que ficam, e, meninas, mais uma vez eu digo: Foi bom demais! Valeu TUDO! E que venham as próximas, porque eu não sou de ficar quieta no lugar muito tempo, não!!!

Mochilagem Fotográfica - Dia 2 - Pai Inácio - Miliane  (43)

Orquídeas da Chapada

Foto: Anabel Mascarenhas


Se embrenhar no mato, subir e descer morros, se perder pelo caminho e descobrir toda a beleza da fauna e flora da Chapada Diamantina vale cada músculo dolorido no dia seguinte.

Tem gente que diz que viajar pela Chapada Diamantina é esquema pra ente jovem, mas até as pessoas mais idosas, sedentárias e medrosas  podem conhecer os encantos da Chapada sem fazer longas trilhas.

O orquidário, que fica aos pés do Morro do Pai Inácio, é um desses locais. O acesso é fácil (por uma estradinha de terra bem conservada) e no local tem um pequeno restaurante, sanitários, lojinha de artesanato e, claro, uma variedade imensa de orquídeas e de outras plantas da região.

Nós ficamos encantadas com a beleza daquelas flores. Haviam orquídeas minúsculas, orquídeas imensas, umas mais discretas, outras tão enfeitadas... E os cheiros? Nossa! Dava vontade de comê-las.
Foto:Anabel Mascarenhas

Foto: Flávia Maciel
Foto: Anabel Mascarenhas
Foto: Anabel Mascarenhas
Foto: Anabel Mascarenhas

Seu Raimundo, o guia que nos apresentou àquelas belezuras, demonstrou muita intimidade com as flores, sabia o nome de cada uma, seus cheiros, origem... Difícil se contentar em somente olhar e tirar fotos. Nós queríamos levar mudas para casa, mas eles não vendem porque muitas delas são de lá mesmo da Chapada e não são reproduzidas em laboratório, então eles não podem vendê-las e correrem o risco de colocá-las em processo extinção, como aconteceu com a Sempre Viva de Mucugê. Mas essa é uma outra história...

Deliciem-se com as fotos. O cheiro... Humm! Vale à pena ir lá sentir :)
Foto: Flávia Maciel
Foto: Flávia Maciel
Foto: Anabel Mascarenhas
Foto: Flávia Maciel

sábado, 3 de setembro de 2011

Pantanal de Marimbus



Levanta a mão quem já ouviu falar que existe um pantanal na Chapada Diamantina!?


Pois é, até chegarmos em Andaraí nunca tínhamos ouvido falar que por aquelas bandas existia tal lugar.

Nossos 2 últimos dias na Chapada ficamos hospedadas na Pousada Sincorá do seu Hélder que nas manhãs nos recebia com um café da manhã maravilhoso, colecionador da National Geografic há décadas e muito solícito, fazer este passeio foi dica dele.

O passeio custa R$ 15,00 e é oferecido pela pousada. O Pantanal de Marimbus é formado por diversas lagoas e deságua no Rio Paraguassu (escrito diversas vezes ora com 2 'ss' ora com 'ç').
Fomos em 2 caiaques, em 1 Mirian, Bel e o remador Bombado, no outro eu e o Fábio (espero não cometer a falha de ter errado o nome dele). Os 2 são divertidíssimos e sempre nos levava para ver de perto algo interessante que avistavam. Inclusive uma ave rara, né meninas?



São 2h navegando por águas escuras, ora por bancos de areia, ora por profundidades acima de 8m, entre uma vegetação densa com baronesas, vitórias régias, jaçanãs, cobras, patos, garças, galinhas d'água, peixes como o tucunaré, tambaqui e piau, abelhas (momento tenso), enfim 2h cercadas pela fauna, flora e o silêncio.



Pescador protegendo a mãe e os filhotes de uma cobra



Nas conversas que tive com o Fábio (perdoe-me se esqueci o nome), ele me disse que tudo lá é protegido pelos órgãos ambientais, que existe um controle para que nada seja tirado ou destruído. Isso me deixou numa alegria tão grande.

Infelizmente não tivemos tempo de ir conhecer a Cachoeira do Roncador, mas mesmo assim valeu muito navegar em meio às baronesas, jaçanãs e tantos outros pássaros e vegetação daquele lugar.

Uma grande surpresa!


em tempo: minhas fotos não ficaram tão legais. Meninas fiquem à vontade pra inserir mais no post. =)

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Flores em Mucugê

Sei que vem por aí o post do orquidário, com fotos fantásticas, mas eu queria agora era falar da praça principal de Mucugê. Interessante foi que, pouco antes de sairmos em direção à Mucugê, Marido havia me dito que tinha saído pra fotografar, em Ilhéus, a Praça Cel. Pessoa,no centro da cidade, completamente esburacada, nem cara de praça tem. E olha que já são quase 2 anos de mexe e remexe na praça e na rua Sá Oliveira, que virou um calçadão (igualmente esburacado) adjacente a ela. Veja a indignação de Marido aqui.

 

Mas quando chegamos numa cidade minúscula, encrustada nas pedras da Chapada, com clima desértico, pouca água, rios secos, e a praça principal tem um jardim nesse nível, o que podemos pensar???

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Não são flores comuns, são hortênsias, copos-de-leite, gérberas, íris, begônias, rosas, margaridas… todas as cores e tamanhos são ali representadas. Será tão difícil e caro assim, manter uma praça florida e limpa, como a de Mucugê? Nada! É a Dona Dilma, moradora da cidade que cuida do jardim, como se fosse dela. A única reclamação que faz é que cuida sozinha, mas na hora que a igreja precisa de flores, correm pra pedir. Ela não nega ajudar, e é claro que  arrancar algumas flores da praça pra enfeitar a igreja não vai acabar com o jardim, mas como ela disse, em dia de casamento, o bicho pega!

E ainda tem pessoas (como eu) que pedem mudas… e ela fica sem jeito de dizer não, termina mostrando as que podem dar mudinhas sem estragar as “originais”. Nós trouxemos mudas de íris e de uma begônia cor-de-vinho, espero que “peguem” bem!

Campo de Girassóis 02-09-2011 017Campo de Girassóis 02-09-2011 016

Mochilagem Fotográfica - Dia 4 - Mucugê - Bel 056

D. Dilma com a netinha Ana Laís, no colo

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A palma !!

Eu como sempre tenho problemas de constipação em viagens rs
É..o assunto é sobre isso =)
E para não perder o hábito, estava sentindo os efeitos da mudança de clima e sei lá o quê...
Em Lençois, já no terceiro dia de mochilagem fomos almoçar e eis que vejo um negócio gosmentinho e com cara boa: a palma!!!
Bel já teve uma experiência com essa guloseima típica da região e não me fez boas recomendações...
Mas como eu estava precisando de estímulos, resolvi arriscar =)


E não é que deu certo???
Não tem lacto purga, activia, nada disso... A onda do momento é a palma!
E no jantar no sábado, após tomarmos uma coca-cola que devia estar com orquídea, começamos a viajar nas teorias sobre a palma...
Eu cheguei à conclusão de que descobriram a palma na época do cangaço, pois deviam comer muita farinha e devia rolar uma constipação básica.... Cortaram a palma e viram a gosminha dela...e daí, já sabe né??
Bom, essa coca-cola batizada rendeu muitas risadas, com direito a Bel sair correndo pra ir ao banheiro (infelizmente não registamos esse momento) e Flávia tentando parar de chorar de tanto rir.


PS.: A palma é boa, mas apreciem com moderação...senão....