segunda-feira, 12 de setembro de 2016

A lenda do pai inácio virou filme

O Morro do Pai Inácio é um dos primeiros lugares que as pessoas pensam em conhecer quando vão à Chapada Diamantima. Eu já fui lá umas não sei quantas vezes. É sempe legal ver a Chapada do alto, sentir a brisa, escutar o silêncio, admirar a fauna e a flora. Mas, sem dúvida alguma, ir com as mochileiras foi muito mais divertido. Passamos a trilha toda inventando versões para  explicar quem foi esse tal de Inácio. Haja criatividade! (leia aqui)

Agora acabo de saber que foi lançado, recentemente, o filme “A Lenda do Pai Inácio ou Kokumo?”, uma produção da instituição Grãos de Luz e Griô,de Lençóis, com direção geral de Marcos Carvalho. Nesta versão, contam um pouco da história da vida do negro que teria se apaixonado pela filha de um barão.

Cena do filme sobre a história do ponto turístico da Chapada Diamantina | FOTO: Reprodução |
 Bateu a curiosidade? Confere aí o trailer. 

terça-feira, 23 de agosto de 2016

O ovo de dinossauro

A imensidão da Chapada Diamantina, as grandes rochas, grutas e toda aquela natureza exuberante parece nos transportar a uma era passada.  Já falei anteriormente da sensação de que um animal pré-histórico poderia sair do Poço Azul a qualquer momento. E o que dizer quando, no meio de uma trilha, se avista um ovo de dinossauro?



De longe a imagem é intrigante. Que tipo de dinossauro colocaria um ovo ali naquela rocha?


Este ovo de dinossauro está na trilha do Poço da Donana. Bem próximo de onde passamos um dia super agradável. Durante todo aquele dia, nem sinal da mamãe dinossauro. Só dos irmãozinhos.


segunda-feira, 22 de agosto de 2016

O Poço Azul

Nosso terceiro dia em Andaraí amanheceu nublado. Dispensamos o protetor solar (grande erro) e pegamos o caminho saindo de Andaraí de volta pra BR 242, rumo ao Poço Azul.


São 46 km saindo de Andaraí e entrando para o município de Nova Redenção. Esta região é mais desmatada. Tem muitos pastos pra criação de gado. Também se mostra bem mais seca.


No caminho há uma placa indicando "Poço Azul a 8 km". A estrada é de cascalho, mas em bom estado (na medida do possível). Lá mais adiante, outra placa indica a direção do poço. Basta estacionar, pagar a taxa de acesso, que custa R$ 30 por pessoa, e aguardar ser chamado pelo guia. Enquanto aguarda, você pode esperar na lanchonete, que tem wifi liberado (na região só pega celular da Claro, então acessar a net é bom pra dar sinal de vida) e experimentar pastel de palma. Pra minha infelicidade, neste dia não tinha.

Somente é permitida a visitação de, no máximo, 15 pessoas por vez, que podem ficar até 15 minutos tomando banho no poço. Como haviam outros grupos na nossa frente, resolvemos dar um tempo na praia da Peruca (escrevo sobre ela depois).

O acesso à gruta é permitido por uma escadinha. Essa é outra trilha de acesso facílimo (não deve nem ser chamada de trilha). Até quem tem claustrofobia, como meu companheiro de viagem, Júlio, consegue entrar na gruta numa boa. Quando descemos a escada e avistamos o Poço Azul, a impressão que tivemos, foi de que tudo era um grande buraco, de tão transparente que é a água.




Quando entrei na água, fiquei observando aquele abismo imenso ao fundo. Logo no início são 4 metros, na lateral esquerda, 8 metros e, na lateral direita, na parte mais interna, chega a 20 metros de fundo. É muito fundo, muito transparente, dá pra ver tudo!

Confesso que tive a sensação de que, em qualquer momento, um animal pré-histórico sairia da escuridão do fundo do poço e viria nadar conosco. O guia nos explicou que lá somente são encontrados pequenos camarões, que vivem nas rochas, e o peixe bagri cego, que vive na parte mais funda e escura do poço.


Para entrar no poço, é preciso tomar um banho de chuveiro antes e tirar qualquer resíduo de cosméticos do corpo. Os guias cedem coletes salva-vidas e óculos de mergulho para flutuação e orientam para que não agitemos muito a água, para não desgastar a rocha mais rapidamente. O melhor período para ver o raio de sol entrando no fundo do poço é entre os meses e fevereiro e setembro, no horário que vai mais ou menos, das 10h às 15h.

sábado, 20 de agosto de 2016

O Poço da Donana

O município de Andaraí tem no seu entorno diversos picos legais para curtir, como o Poço Azul e o Pantanal Marimbus. Na saída da cidade, sentido Mucugê, tem o Poço da Donana. Lugar lindo, silencioso, ótimo pra tomar banho e de fácil acesso. Não houve cobrança de taxa e chegamos lá sem guia.

Quem quiser visitar este poço, basta estacionar o veículo à direita (sentido Mucugê) antes da ponte grande que passa sobre o Rio Paraguassu (aqui se escreve assim e nós já escrevemos sobre isso também no blog). Tem espaço apropriado para estacionamento na Toca do Morcego (local que vende artesanatos e lanches). Depois é só seguir a pé pelo acesso à direita, margeando o rio.

Logo se chega em um mirante de onde se avista parte do poço, a cachoeira e a grande ponte. Os preguiçosos de nível altíssimo se sentirão satisfeitos com a vista. Mas nada como um banho na cachoeira para sentir que todo o esforço vale a pena sempre.


Seguindo pela lateral do rio, setas pintadas em verde nas pedras e na construção da barreira indicam o caminho. Quem tem dificuldade para andar, pular, etc, sugiro tomar banho no local onde está a barragem. Mas para quem aguenta o peso do corpo, o melhor é seguir adiante. Haverá um muro que terá que descer dando um pulinho (e na volta subir, é claro, impulsionando o corpo). Após alguns metros, caminhando entre as rochas e se chega a parte mais larga  do poço. Uma delícia de lugar!




Fiquei horas observando a paisagem, os passarinhos caçando borboletas e tentando fotografá-los. Foi preciso criar coragem pra dar um mergulho naquela água gelada, mas o banho é revigorante.

Como o Poço da Donana é margeado por imensas rochas, não há sombra na beira. Para aguentar o calor, o jeito é beber bastante água, tonar banho e se abrigar entre os arbustos que estão mais afastados

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Sem roteiro, reservas e sem olhar a situação na conta bancária

Após um longo período sem visitar a Chapada Diamantina, resolvemos (eu e Júlio), repentinamente, matar a saudade desse que é um dos lugares mais incríveis dessa Bahia.



Saímos de Salvador por volta das 11h30. Tempo bom, BR 334 boa e vazia. Na Estrada do Feijão, a vegetação começa a mudar. Aos poucos, mandacarus começam a enfeitar a paisagem, a terra fica avermelhada, o nariz arde, a boca seca e, ao longe, avistamos a serra.



Chegando em Ipirá, a estrada está um pouco gasta e com alguns buracos "surpresa", mas nada que possa danificar o veículo do motorista atento. Pelo caminho, os postos vendem gasolina no valor de R$ 3,54 a R$ 3,79.

Após uma rápida parada e Ipirá para esticar as canelas e comer um pastel, pegamos o acesso a Itaberaba. No caminho, borboletas, rios e açudes bem abastecidos. Sinal de que a estiagem deu uma trégua.. É claro que também avistamos alguns rios mortos, mas confesso que em menor quantidade do que das outras vezes em que estive na região.

Uma obra de recuperação asfáltica na BR 242 está deixando o tráfego em meia pista e desacelera quem passa por lá. Nesse pedaço é preciso paciência com tantos "pare e siga".

Chegamos em Andaraí às 17h20. Agora é procurar hospedagem, relaxar  curtir a natureza.





terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A previsão do tempo e o não cumprimento dela


Este post tinha que ficar pra mim, porque quando eu soube da previsão do tempo já meio que fiquei bitolada. Pensem numa pessoa frienta!? Pois é, sou eu! Só de pensar que a temperatura por lá poderia bater na casa dos 16ºC já tratei de pegar moleton, mantinha, catar meia, procurar blusa 2ª pele, Bel até levou um gorro pra mim e Flávia que apareceu com uma luva? Não posso esquecer de nossas capas de chuva. Acabei levando uma mala só pra esse suprimento básico de sobrevivência contra o frio.
Primeira noite, nada de frio. Na manhã seguinte, idem. Pensei logo: tem alguma coisa errada, como é que o Climatempo errou feio assim!? Os outros dias chegaram e nem um friozinho bateu em nossa janela. Sabe aquela mala para o frio? Nem abri! Tirando Flavitcha que estava com uma gripe braba (que dó, que dó, que dó) e usou o casaco algumas vezes, eu e as outras meninas quase não usamos os nossos durante o dia.



O dia sempre começava nublado, mas não chovia, não esfriava (batia uma brisazinha no início da noite) e no final era só sol e céu azul lindo.



Os itens essenciais (fora a água e o hidrotônico) foram o boné e o filtro solar, esses sim foram bastante usados.

Com o sol e calor durante os passeios o que mais desejávamos era água, água pra beber e água para refrescar o corpo.


Conclusão: fomos trolladas pelo tempo.


quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Hospedagem


Acho que este é um dos posts mais importantes e acabamos não dando prioridade a ele. [Exatamente por isso! Responsabilidade grande, a gente termina procrastinando...]

Quando decidimos pelas cidades que seriam nossos pontos de apoio, Palmeiras e Andaraí, começamos a procurar e reservar pousadas/hotéis/albergues. E posso dizer que as escolhas não poderiam ter sido melhores.

Mírian foi a responsável pela escolha, e foi muito feliz. Convém dizer que essas foram as primeiras opções que apareceram nos sites de busca, e também as que responderam mais rápido. O Hostel de Palmeiras não recebia cartão de crédito, a Pousada Sincorá aceitou.

Passamos os 2 primeiros dias em um quarto coletivo com 3 beliches (mas só ficamos as 4 lá) no hostel (albergue) Caminhos da Chapada (Palmeiras) e os últimos dias em um quarto triplo na Pousada Sincorá (Andaraí).

O albergue funciona numa casa histórica que tinha sido "a principal sede do comércio de diamantes e do Hotel Barroso. Fundado em 1967, ficou conhecido como a principal hospedaria dos caixeiros viajantes que passavam pela Chapada Diamantina".


Como foi reformado recentemente, e também recentemente integrado à Hostelling International, estava tudo muito bem arrumadinho, como é usual nos albergues. Os quartos limpos e sem cheiro de mofo (que é comum em casas antigas), roupa de cama cheirosa, banheiro gostoso, quente e limpo, decoração rústica e agradável, muitas flores, preocupação ecológica (coleta seletiva de lixo), estacionamento privativo nos fundos, enfim, só qualidades.

Estacionamento

Mesas para o café da manhã
Coleta seletiva de lixo
Decoração antiga
Computador com internet R$ 2,00 a hora. O valor de 5,00 o dia é pra quem tem o próprio notebook.
Entrada dos banheiros






Cozinha do Alberguista, com fogão, geladeira, todos os utensílios...
no melhor estilo "use e limpe após o uso".
E nós aproveitamos, na segunda noite EU (Bel) fiz um macarrão com atum delicioso, Mírian que o diga!!!




Ingredientes



O flagra!!!
Disponibilidade de bebidas à venda





Muitas flores na área, um lugar muito agradável!

Mas acima de todas as vantagens (inclusive o preço!) ficou o atendimento. A proprietária, herdeira dos proprietários originais do Hotel Barroso, mora em Salvador, e vai para lá uma semana por mês, mas deixa funcionários treinados e atenciosos.

Na Sincorá encontramos o Seu Helder, dono da pousada. Sua esposa, Ana, estava viajando, e ele segurou a pousada "na unha", sozinho! Arrumando, cozinhando, atendendo nossas solicitações com a maior boa vontade. Pessoa muito solícita, nos deu dicas de passeios, fez um café da manhã dos deuses com direito a uma panqueca deliciosa e disputadíssima. Se bater a fome no final da noite, pode ligar para o disk pizza, ops, pode pedir para ele fazer uma pizza da "hora". Bom, a Sincorá é muito acolhedora, você se sente literalmente em casa. Na sala tem um piano (com direito a um mini concerto de Bel - post futuro), coleções de filmes, o lugar tem até uma biblioteca com uma coleção gigantesca da National Geografic. Fiquei encantada pelo zelo no lugar.


Filmes


Biblioteca


National Geografic

Café da manhã

Seu Helder fazendo as panquecas...

E a dita cuja, DE-LI-CI-O-SA!!! (disputada a tapa!!!)

Eu no piano - afinadíssimo!

E pra quem está perguntando pela indispensável: internet. Sim! Nos 2 lugares têm wi-fi. Uhuu!!!

Abaixo os valores que pagamos pelas diárias com direito a café da manhã.

Caminhos da Chapada
Quarto coletivo: R$ 30,00
Internet: paga - mas não pagamos. A proprietária não lembrou de cobrar e nós não lembramos de pagar. (Era uma taxa de R$ 5,00 por dia, pra todas)

Pousada Sincorá
Quarto triplo: R$ 166,50 (quer dizer, quádruplo. Esqueceram de mim? Flávia?)
Internet: grátis