segunda-feira, 22 de agosto de 2016

O Poço Azul

Nosso terceiro dia em Andaraí amanheceu nublado. Dispensamos o protetor solar (grande erro) e pegamos o caminho saindo de Andaraí de volta pra BR 242, rumo ao Poço Azul.


São 46 km saindo de Andaraí e entrando para o município de Nova Redenção. Esta região é mais desmatada. Tem muitos pastos pra criação de gado. Também se mostra bem mais seca.


No caminho há uma placa indicando "Poço Azul a 8 km". A estrada é de cascalho, mas em bom estado (na medida do possível). Lá mais adiante, outra placa indica a direção do poço. Basta estacionar, pagar a taxa de acesso, que custa R$ 30 por pessoa, e aguardar ser chamado pelo guia. Enquanto aguarda, você pode esperar na lanchonete, que tem wifi liberado (na região só pega celular da Claro, então acessar a net é bom pra dar sinal de vida) e experimentar pastel de palma. Pra minha infelicidade, neste dia não tinha.

Somente é permitida a visitação de, no máximo, 15 pessoas por vez, que podem ficar até 15 minutos tomando banho no poço. Como haviam outros grupos na nossa frente, resolvemos dar um tempo na praia da Peruca (escrevo sobre ela depois).

O acesso à gruta é permitido por uma escadinha. Essa é outra trilha de acesso facílimo (não deve nem ser chamada de trilha). Até quem tem claustrofobia, como meu companheiro de viagem, Júlio, consegue entrar na gruta numa boa. Quando descemos a escada e avistamos o Poço Azul, a impressão que tivemos, foi de que tudo era um grande buraco, de tão transparente que é a água.




Quando entrei na água, fiquei observando aquele abismo imenso ao fundo. Logo no início são 4 metros, na lateral esquerda, 8 metros e, na lateral direita, na parte mais interna, chega a 20 metros de fundo. É muito fundo, muito transparente, dá pra ver tudo!

Confesso que tive a sensação de que, em qualquer momento, um animal pré-histórico sairia da escuridão do fundo do poço e viria nadar conosco. O guia nos explicou que lá somente são encontrados pequenos camarões, que vivem nas rochas, e o peixe bagri cego, que vive na parte mais funda e escura do poço.


Para entrar no poço, é preciso tomar um banho de chuveiro antes e tirar qualquer resíduo de cosméticos do corpo. Os guias cedem coletes salva-vidas e óculos de mergulho para flutuação e orientam para que não agitemos muito a água, para não desgastar a rocha mais rapidamente. O melhor período para ver o raio de sol entrando no fundo do poço é entre os meses e fevereiro e setembro, no horário que vai mais ou menos, das 10h às 15h.

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